Presidente da Guiana vai acionar Conselho de Segurança da ONU contra Venezuela

Presidente da Guiana vai acionar Conselho de Segurança da ONU contra Venezuela
Ali acusou vizinho de atentar contra integridade territorial e estabilidade política do país – Foto: Reprodução/Facebook

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse que vai acionar, ainda nesta quarta-feira (6), o Conselho de Segurança da ONU e a Corte Internacional de Justiça contra a Venezuela.

Mais cedo, o líder venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a criação da zona de defesa integral da Guiana Essequiba e nomeou um general como “única autoridade” da área.

Ali já conversou com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, à medida que a tensão na fronteira aumenta.

“A Guiana reportará este assunto no início da manhã. Escreveremos ao Conselho de Segurança da ONU e ao Tribunal”, disse Ali durante um comunicado a todo país.

O líder da Guiana disse ainda que “a Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei.”

Ali acusou o vizinho de atentar contra a integridade territorial e a estabilidade política do país.

Maduro passou a reivindicar o território, de mais de 160 mil metros quadrados, depois que a Guiana descobriu petróleo e gás offshore. Desde então, o país mostrou um crescimento econômico significativo. Segundo o especialista em Relações Internacionais, Felippe Ramos, só em 2022, a economia da Guiana cresceu 60%.

A região, que produz atualmente cerca de 400 mil barris por dia de petróleo e gás, recebeu este ano propostas de empresas para licitações internacionais.

O presidente Ali enviou uma mensagem aos investidores: “Nossa mensagem é muito clara: seus investimentos estão seguros”.

Corte Internacional de Justiça

Antes do referendo, a Corte Internacional de Justiça decidiu que a Venezuela se abstenha de tomar qualquer tipo de ação que possa alterar a situação do território de Essequibo.

Os juízes deixaram claro que qualquer ação concreta para alterar o status da região deve ser interrompida.

“O tribunal observa que a situação que atualmente prevalece no território em disputa é que a Guiana administra e exerce controle sobre essa área”, disse o juiz Joan Donoghue. “A Venezuela deve se abster de tomar qualquer ação que modifique essa situação”, acrescentou.

Da CNN com informações da Reuters 

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Por Redação

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