Empresa baiana vai administrar rodoviária de Boa Vista por pelo menos 25 anos
O governo de Roraima assinou nesta segunda-feira (11) a concessão onerosa da Rodoviária Internacional José Amador Oliveira para a empresa baiana Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda. (Sinart).
O objetivo da transferência da administração, de acordo com o governo, é melhorar o atendimento do terminal internacional para a população roraimense. O período de concessão será de 25 anos, com investimento de R$ 4,5 milhões. A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) era responsável por gerir o local até o momento da entrega da concessão.
“Toda a estrutura, inclusive na parte de acesso dos ônibus e nas plataformas, será repaginada. Roraima já tem uma grande demanda de passageiros e exigia uma mudança na rodoviária. A concessão para o setor privado vai oferecer uma qualidade maior de atendimento com segurança e acessibilidade à nossa população, aos comerciantes e a todos os usuários”, destacou o governador Antonio Denarium (PP) na cerimônia de assinatura da concessão.
Como concedente da Rodoviária Internacional, a Sinart deve repassar pouco mais de 6% mensais da receita líquida do lucro obtido com a operação do espaço para o governo de Roraima. A transferência administrativa já ocorre a partir da assinatura da concessão e a empresa fica responsável por tratar e explicar o planejamento e as fases de reforma para os empresários, comerciantes e agências que ocupam o espaço.
Além disso, as operações de embarque e desembarque do terminal não devem ser interrompidas por motivo de reforma, sem acarretar prejuízos para o público.
No evento, o presidente do conselho de administração da empresa, Eduardo Portugal Pedreira, apresentou as ações a serem adotadas durante o tempo de concessão, que será precedida pela execução para operação, administração, manutenção, conservação, readequação, reforma e modernização de todo o espaço do terminal.
“Enviamos uma equipe de engenheiros, arquitetos e técnicos para fazer uma inspeção, para ter uma ideia clara das demandas que [a rodoviária] tem, talvez alguns sejam até um pouco maiores ou menores do que a gente está estimando. Mas temos consciência do que precisamos fazer, sabemos o que fazer e como fazer. Um dos objetivos é cuidar para evitar os riscos iminentes de acidentes, que é uma coisa mais de gestão, de separar o fluxo de pessoas do de ônibus, e aos poucos a gente vai apresentar um cronograma de todas as intervenções de obras a serem feitas ao longo do período contratual”, ressaltou.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviários Interestaduais (Setrans), empresário do setor logístico e ex-deputado federal Remídio Monai, explicou que, apesar de a rodoviária internacional possuir estrutura antiga, preserva, em geral, um bom padrão de qualidade. No entanto, ele acredita que as inovações sempre são bem-vindas.
“Eu acredito que com essas inovações, com esse investimento que agora está chegando, poderemos dar uma melhor condição ao passageiro, aos familiares que vão à rodoviária levar ou buscar um passageiro, de eles terem o prazer de chegar ao local e encontrarem uma lanchonete, um banheiro acessível, um quiosque de informações e vários outros avanços”, afirmou o empresário.
O governo informou que, atualmente, o terminal necessita de reforma geral na estrutura, modernização e adequação dos espaços, para ter condições de funcionalidade e oferecer conforto e serviços de qualidade aos usuários.
“Repassar a concessão à iniciativa privada é um importante passo para a recuperação do espaço, beneficiando uma parcela significativa da população que utiliza o transporte rodoviário”, destacou.