Primeira reunião da CPI da ALE-RR define plano de trabalho

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), instaurada para investigar denúncias de grilagem de terras públicas, realizou sua primeira reunião nesta segunda-feira (24) em Rorainópolis. O encontro contou com a participação de diversas autoridades e teve como objetivo traçar o plano de trabalho que norteará as investigações.
As denúncias indicam a atuação de uma organização criminosa voltada à grilagem de terras rurais e urbanas no estado, com um alto índice desse tipo de crime registrado no município. Diante da gravidade da situação, os parlamentares reforçaram o compromisso de apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.
Investigação e segurança jurídica
O presidente da CPI, deputado Jorge Everton (União), destacou que a comissão busca garantir justiça social e segurança jurídica aos produtores.
“Esse é o primeiro passo para a condução dos trabalhos. Ouvimos a população, os agricultores e aqueles que tiveram seus direitos violados. Agora, reuniremos toda a documentação solicitada pelo relator, deputado Renato Silva, e realizaremos diligências. As denúncias são graves e precisam ser investigadas. Vamos responsabilizar quem estiver envolvido”, afirmou.
O relator da CPI, deputado Renato Silva (Podemos), apresentou o plano de trabalho e enfatizou a importância da colaboração de órgãos públicos e da sociedade civil para identificar as irregularidades e punir os responsáveis.
“Vamos apurar todas as denúncias com responsabilidade. Nosso objetivo é concluir os trabalhos ainda este ano. Sabemos que a distribuição de terras em Roraima enfrenta grande desorganização. Investigaremos a conduta de servidores e a atuação de grandes e pequenos grileiros, pois não podemos permitir que o pequeno produtor enfrente dificuldades para trabalhar em sua própria terra”, ressaltou.
O presidente da ALE-RR e membro da CPI, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), reforçou o papel da Casa Legislativa na apuração das possíveis fraudes na legalização de terras.
“Nosso principal objetivo com esta CPI é garantir a segurança jurídica das terras em Roraima. Vamos identificar aqueles que, de má-fé, usaram do poder econômico e político para se apropriar indevidamente de terras. Não mediremos esforços para responsabilizá-los”, declarou.