Ibama queima acampamento, aviões e barcos de garimpeiros ilegais; região teve conflito com morte de três indígenas

Ibama queima acampamento, aviões e barcos de garimpeiros ilegais; região teve conflito com morte de três indígenas

Agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) estiverem no sábado (13) na Comunidade Uxiu, na reserva yanomami, local onde garimpeiros atacaram indígenas a tiros, deixando um morto e outros dois feridos. Na área, a equipe encontrou um acampamento usado pelos invasores.

Vídeos feitos pelos agentes mostram um acampamento ativo, com quarto improvisado, mantimentos para cozinha, carne e demais suprimentos. Eles encontraram as clareiras abertas na mata e buracos do garimpo feitos pelos invasores.

Dados do instituto de pesquisa Imazon mostram que em março deste ano o desmatamento na terra yanomami cresceu 115% em comparação com o mesmo período de 2022, saindo de 15 quilômetros quadrados para 28 quilômetros quadrados.

Para impedir o avanço do garimpo, os agentes destroem acampamentos, aviões e veículos, e apreendem combustível.

Nos cem dias de operação, completados neste domingo (14), além do combate ao garimpo ilegal, há um trabalho de ajuda humanitária aos yanomami.

Cerca de 20 mil cestas básicas foram entregues aos indígenas, e mais 12 mil devem ser doadas nos próximos meses.

O atendimento médico é feito dentro da terra indígena, com o centro de referência montado na base de Surucucu.

O governo federal já anunciou que entrou na última fase da operação de retirada dos garimpeiros da reserva. A instalação de um novo comando de ações na terra yanomami deve reunir dois delegados da Polícia Federal, um general do Exército e um brigadeiro da Aeronáutica, além de representantes da Funai, do Ministério dos Povos Indígenas e de outras pastas.

A missão do grupo é retirar aqueles que insistem em ficar no local e, principalmente, expulsar da terra indígena integrantes de facções criminosas.

Por Redação

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