De 4,6% para 6,8%: Roraima tem segundo maior aumento da taxa de desemprego no primeiro trimestre, aponta Pnad

De 4,6% para 6,8%: Roraima tem segundo maior aumento da taxa de desemprego no primeiro trimestre, aponta Pnad
Desocupação ocorre quando as pessoas buscam emprego, mas não conseguem entrar no mercado de trabalho por vários motivos – Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A taxa de desocupação, também conhecida como desemprego, subiu em 16 das 27 unidades da Federação no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. As principais altas foram observadas no Rio Grande do Norte (2,2 pontos percentuais, ao passar de 9,9% para 12,1%), Roraima (2,1 pontos percentuais, ao passar de 4,6% para 6,8%), Pernambuco (1,8 ponto percentual, ao passar de 12,3% para 14,1%) e Ceará (1,8 ponto percentual, ao passar de 7,8% para 9,6%).

Nos outros 11 estados, o índice ficou estável, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (18).

A desocupação ocorre quando as pessoas buscam emprego, mas não conseguem entrar no mercado de trabalho por vários motivos. A taxa de é a proporção de pessoas desempregadas em relação ao total da força de trabalho (ou seja, a soma dos trabalhadores e desemprego).

Não são consideradas desocupadas, portanto, aquelas pessoas em idade ativa que não trabalham, mas também não estão procurando emprego.

De acordo com a analista da pesquisa, Alessandra Brito, o crescimento da taxa é resultado do aumento da desocupação (busca sem sucesso por emprego) e queda na ocupação (ou seja, a perda de postos de trabalho), ocorridas de forma simultânea, assim como aconteceu no resultado nacional (cuja taxa subiu de 7,9% para 8,8%).

“Após um ano de 2022 de recuperação do mercado de trabalho pós-pandemia, em 2023, parece que o movimento sazonal de aumento da desocupação no começo do ano está voltando ao padrão da série histórica”, afirmou a pesquisadora.

Estabilidade negativa

A maior taxa do primeiro trimestre de 2023 foi observada na Bahia (14,4%). O estado foi um dos 11 que mantiveram estabilidade, junto com Amapá, Sergipe, Rio de Janeiro, Paraíba, Amazonas, Acre, Espírito Santo, Goiás, Paraná e Rondônia. Este último, aliás, apresenta a menor taxa de desocupação do país (3,2%).

Alessandra Brito afirma que, na Região Nordeste, o trabalho informal tem um peso maior, o que torna a inserção no mercado mais volátil, “podendo gerar pressão de procura por trabalho, o que se reflete numa maior taxa de desocupação, se comparado à taxa para o Brasil”.

Carteira assinada

Segundo o IBGE, no primeiro trimestre deste ano, 74,1% dos empregados do setor privado do país tinham carteira de trabalho assinada. As menores taxas ficaram com as regiões Nordeste (58,9%) e Norte (57,6 %). Entre os trabalhadores domésticos, 26,1% tinham carteira de trabalho assinada no país.

Entre as unidades da federação, aquelas com maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado são Santa Catarina (88,2%), Rio Grande do Sul (82,2%) e São Paulo (81,1%). Já as menores taxas estão no Maranhão (50,8%), Pará (51,2%) e Piauí (51,7%).

Rendimentos

No primeiro trimestre, o rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 2.880, ficando estável na comparação com o trimestre anterior. Entre as unidades da federação, apenas três apresentaram alta: Alagoas (5,3%), Maranhão (5%) e Minas Gerais (4,2%). O Rio Grande do Sul foi o único a ter queda (-2,8%).

*Com informações da Agência Brasil

Por Redação

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