Garimpo ilegal e narcotráfico têm prejuízo de mais de R$ 400 milhões em 15 dias de operação militar na Amazônia

Garimpo ilegal e narcotráfico têm prejuízo de mais de R$ 400 milhões em 15 dias de operação militar na Amazônia
Ao final das ações, garimpo ilegal perdeu força e agentes ilícitos migraram para outras regiões – Foto: Divulgação

Após dois meses de planejamento e levantamentos de informações, os militares das três Forças Armadas, cedidos à Operação Ágata Amazônia, conseguiram, em apenas 15 dias de ações efetivas, causar um prejuízo milionário às atividades ilícitas na Amazônia. Ao todo, foram mais de R$ 80 milhões em drogas apreendidas, 51 dragas do garimpo ilegal neutralizadas, avaliadas em R$ 84,6 milhões, e mais de R$ 280 milhões de prejuízos causados pela interrupção das atividades ilegais. A preservação e recuperação natural da floresta e dos rios aparecem como outro ganho da operação, que terminou nesta sexta-feira (2).

As Forças Armadas alcançaram a marca de 1,6 tonelada de entorpecentes (pasta base, cocaína e skunk) apreendidos em um trabalho conjunto com a Polícia Federal, durante a operação. As ações das Forças, que intensificaram a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira e no interior da Amazônia, também enfraqueceram o garimpo ilegal, com a neutralização de dragas, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No total, oito pessoas foram detidas e entregues às autoridades policiais.

Em função da operação, verificou-se, por meio da atividade de inteligência, a redução das práticas ilegais em toda a região. Os criminosos determinaram que as dragas parassem de produzir e fossem escondidas em reentrâncias dos rios menores. No início da ação das Forças Armadas, cidades vizinhas aos locais ocupados pelas tropas tiveram um aumento na procura por hospedagem, a fim de abrigar as pessoas empregadas nas dragas ilegais. A diminuição e a interrupção das atividades de garimpo ilegal, durante a operação, significaram aproximadamente 532,5 hectares de floresta não desmatadas e 177,5 quilos de mercúrio que deixaram de poluir os rios.

Ao final das ações, o garimpo ilegal perdeu força e agentes ilícitos migraram para outras regiões, devido à dificuldade de exercerem as atividades ilegais. Imagens de satélites feitas com duas semanas de diferença mostram a mudança na coloração das águas do rio Puruê, no Amazonas, em função da interrupção do garimpo ilegal.

Para operação, foram empregados mais de 1.300 militares das Forças Armadas, além de 6 navios, 9 embarcações e 10 aeronaves – Foto: Divulgação

Para esta operação, foram empregados mais de 1.300 militares das Forças Armadas, além de 6 navios, 9 embarcações e 10 aeronaves, em cooperação com 42 agentes, de 9 diferentes instituições, nas ações de combate a crimes transfronteiriços e ambientais na Amazônia Ocidental.

As Forças Armadas estão permanentemente presentes e atuantes em toda a Amazônia. Entretanto, esta operação ganha relevância ao conseguir unir os esforços de diversos órgãos, compartilhar o conhecimento produzido e ampliar as capacidades singulares de cada instituição. Assim, Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Ibama, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar (COE) e Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), puderam trocar experiências e somar competências, ampliando o ganho final e deixando uma contribuição que vai além da operação propriamente dita.

Ações sociais e de assistência hospitalar também foram realizadas ao longo da operação – Foto: Divulgação

As ações sociais e de assistência hospitalar também foram realizadas ao longo da operação. Mais de 1,5 mil atendimentos beneficiaram comunidades indígenas e ribeirinhas, com assistência médica em diversas especialidades e atendimentos odontológicos. Também foram realizadas oficinas sobre higiene bucal, distribuição de kits, atividades lúdicas e patrióticas para as crianças, doação de roupas e cestas básicas.

Prejuízos

A Operação Ágata – Comando Conjunto Uiara – teve como objetivo combater crimes transfronteiriços e ambientais, além de intensificar a presença do Estado Brasileiro na faixa de fronteira. É coordenada pelo Ministério da Defesa e executada pela Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira em cooperação com órgãos federais, estaduais e municipais, além de agências governamentais.

*Com informações da Agência Marinha de Notícias

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Por Redação

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