Para garantir inauguração em 2024, Justiça determina ao Estado ‘reforma imediata’ de escola indígena em Uiramutã

Para garantir inauguração em 2024, Justiça determina ao Estado ‘reforma imediata’ de escola indígena em Uiramutã
Escola na Comunidade Indígena Enseada conta com cerca de 260 alunos, além de cursos de capacitação e graduação – Foto: Divulgação/Secom

O Ministério Público Federal (MPF) requereu à Justiça, nesta quinta-feira (15), que o Estado de Roraima apresente, no prazo improrrogável de 60 dias, cronograma de contratação e execução da obra de reforma na Escola Estadual Indígena Ko’ko Isabel, em Uiramutã.

O pedido veio em resposta à decisão judicial que determinou o imediato cumprimento da sentença que condenou o Estado ao pagamento de R$ 100 mil em multa e bloqueio de contas por não promover a recuperação, adaptação ou reconstrução da escola. A multa será revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD).

O objetivo do pedido do MPF é assegurar a inauguração da escola em 2024. Em caso de descumprimento dos prazos, o MPF pede multa pessoal no valor de R$ 300 a agentes das secretarias de Educação e Desporto (Seed) e de Infraestrutura (Seinf), bem como de outros gestores estaduais responsáveis pela adoção das medidas necessárias ao cumprimento da sentença.

Para o MPF, “o fornecimento do serviço educacional é indissociável de uma infraestrutura física adequada. Não se concebe que pessoas em desenvolvimento, como crianças e adolescentes, permaneçam por longos períodos na sala de aula sem o mínimo de conforto e segurança”.

Histórico

Em 2016, a Justiça Federal deferiu decisão liminar em ação civil pública para que o governo roraimense fosse obrigado a realizar as obras na escola indígena. No entanto, o poder público – alegando entraves burocráticos – não cumpriu a decisão. A sentença definitiva foi dada em 2020, mas, passados três anos, o Estado ainda não iniciou as obras.

A escola, localizada na Comunidade Indígena Enseada, conta com cerca de 260 alunos matriculados, além de cursos de capacitação e graduação. A unidade reúne ainda cursistas de outras comunidades.

Entre os problemas de infraestrutura, estão a falta de banheiros e a precariedade da rede de abastecimento de água nas dependências da escola.

https://oanalitico.com.br/esportes/2023/05/07/jogos-das-escolas-indigenas-tiveram-participacao-de-mais-de-500-alunos-em-diversas-modalidades-esportivas/

 

Por Redação

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