Ex-aliado de Jalser, tenente-coronel envolvido em sequestro de jornalista morre de câncer e doenças secundárias como covid

Ex-aliado de Jalser, tenente-coronel envolvido em sequestro de jornalista morre de câncer e doenças secundárias como covid
Paulo César foi preso em setembro de 2021 por envolvimento no sequestro do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro de 2020 – Foto: Reprodução/Redes sociais

Um dos oficiais de confiança e ligado diretamente ao ex-deputado e ex- presidente da Assembleia Legislativa de Roraima Jalser Renier (Podemos), o tenente-coronel da Polícia Militar Paulo César morreu neste sábado (17) em decorrência de mieloma múltiplo (tipo de câncer que tem início na medula óssea). Ele foi preso em setembro de 2021 por envolvimento no sequestro do jornalista Romano dos Anjos, ocorrido em outubro de 2020, e virou réu por causa do crime, mas respondia em liberdade. Um mês depois, Jalser foi preso por suspeita de ser o mandante.

Em decorrência do tipo de câncer que que Paulo César teve, o paciente pode ter anemia e ficar sujeito a todo tipo de infecções.

O tenente-coronel usava tornozeleira eletrônica, por isso, a defesa dele recorreu à Justiça solicitando a retirada do dispositivo de monitoramento, em razão de poder atrapalhar os procedimentos médicos futuros.

Conforme laudos apresentados pelos advogados, devido ao mieloma múltiplo, outras doenças surgiram agravando o quadro de saúde de Paulo César. Ele foi internado em 28 de maio com pneumonia comunitária, insuficiência respiratória aguda, além do câncer, segundo atestou o médico Júlio Meneses, do Hospital Lotty Íris.

Encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), César foi entubado sob efeitos de drogas. Na terça-feira (13) , o juiz Cleber Gonçalves Filho, titular da 1ª Vara Criminal, deferiu o pedido de retirada do aparelho de monitoramento.

De acordo com a certidão de óbito a que O Analitico teve acesso, a causa da morte do tenente-coronel foi “choque séptico, pneumonia nosocomial, insuficiência renal aguda, pneumonia viral por insuficiência e covid, e mieloma múltiplos.

Sequestro

O policial era aposentado e foi denunciado no processo em junho de 2022. Ele respondia por sete crimes: sequestro qualificado, tortura qualificada, constituição de milícia privada, dano qualificado, roubo majorado, cárcere privado e violação de domicílio qualificado.

Além dele, outros sete policiais militares, entre eles, um major, o ex-deputado estadual Jalser Renier e um ex-servidor público da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) também se tornaram réus no processo e respondem pelos mesmos crimes.

Durante as investigações, foram deflagradas duas fases da Operação Pulitzer – o nome faz referência ao prêmio internacional concedido a pessoas que realizam trabalhos de excelência na área de jornalismo – pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O tenente-coronel trabalhou com  Jalser Renier de 2015 ao início de 2021, época em que o ex-deputado foi afastado do cargo. Ele, segundo investigações, tinha como atividade monitorar desafetos de Jalser, tanto políticos como autoridades, e até jornalistas.

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Por Redação

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