Assembleia Legislativa de Roraima aprova projeto de lei para criação de política estadual pela primeira infância

Assembleia Legislativa de Roraima aprova projeto de lei para criação de política estadual pela primeira infância
Entre objetivos da proposta, estão ainda fortalecer vínculos familiares e comunitários, participação das crianças em decisões que as envolvem, atenção necessária a meninos e meninas com deficiência, e celeridade no processo de adoção de crianças – Foto: Jader Souza/SupCom/ALE-RR

Nesta quarta-feira (16), a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou, por 17 votos, o Projeto de Lei (PL) nº 366/2022, que cria a Política Estadual pela Primeira Infância no Estado. A proposta foi apresentada pela deputada Catarina Guerra (União) e prevê diretrizes para assegurar direitos nos primeiros seis anos de vida das crianças.

Para a proponente, é preciso pensar em uma lei que abrange todo o Estado, dando suporte para os municípios aplicarem modelos semelhantes com foco na primeira infância. Catarina lembrou do projeto Colo de Mãe, do governo estadual, cujo objetivo é promover assistência social e segurança alimentar a gestantes em Roraima, e disse que a iniciativa pode ser replicada.

“Está comprovado cientificamente que o ser humano é construído desde a gestação até os seis anos de idade, dividido entre a primeiríssima infância, de 0 a 3 anos, e de 3 a 6 como a primeira infância. Essas crianças estão imbuídas em relacionamentos que envolvem questões familiares, nutricionais e convívios. Tudo isso pode ser impactado e sanado com políticas públicas eficazes”, defendeu.

O projeto menciona 17 áreas prioritárias para atuação, sendo algumas delas: saúde materno-infantil; segurança e vigilância alimentar e nutricional; educação infantil; erradicação da pobreza; assistência social à família e à criança; cultura da infância, para a infância e com a infância; e o brincar e o lazer. O texto segue para análise do governo de Roraima.

O que diz o projeto

Entre os objetivos da proposta, estão ainda fortalecer os vínculos familiares e comunitários, participação das crianças em decisões que as envolvem, atenção necessária a meninos e meninas com deficiência, e celeridade no processo de adoção de crianças, respeitando os trâmites no Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR).

A ideia é que o governo do Estado coordene as ações de implementação das políticas públicas, em parceria com os municípios, observando o Plano Nacional pela Primeira Infância. O texto indica ainda a necessidade de ouvir a população para o desenvolvimento de estratégias e diretrizes.

“A Assembleia é sensível a essas causas e assume essa responsabilidade e entende a importância de um projeto como esse e os impactos e transformações que pode trazer para a vida de muitas crianças. Sou mãe, tenho duas filhas, tenho sonho e oro por elas, mas ter a possibilidade de estender os sonhos que quero para elas, para as crianças do Estado, é assumir essa responsabilidade”, declarou Catarina.

Ela acrescenta que a propositura trata do futuro das crianças e garante tranquilidade ao público infantil. A parlamentar falou ainda sobre instituições que já desenvolvem trabalho voltado para a primeira infância, como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), e projetou alocação de recursos no orçamento de 2024 para ações dessa natureza.

“Nós, enquanto Assembleia, seremos parceiros do evento do TCE, para que a questão da política de primeira infância seja instituída no orçamento. Isso é de extrema importância e uma responsabilidade que nós, deputados, temos consciência, a percepção, responsabilidade de aprovar esse orçamento”, acrescentou.

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Por Redação

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