Delegacia de Atendimento à Mulher estipula meta de concluir até 800 inquéritos durante Operação Shamar
Deflagrada em âmbito nacional na segunda-feira (21), a Operação Shamar tem por objetivo combater a violência familiar doméstica e o feminicídio, por meio de atuação integrada entre as forças de segurança. Em Roraima, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) pretende concluir 800 inquéritos policiais até 15 de setembro e responsabilizar os agressores.
“Toda a equipe vai se desdobrar no trabalho para finalizar esses inquéritos que tramitam na delegacia”, afirmou a titular da Deam, Verlânia Silva de Assis.
Para isso, segundo ela, o foco será dar celeridade a todos os procedimentos investigativos.
“Vamos intensificar as investigações, promovendo mais diligências e cumprindo mandados de prisão, justamente para fornecer à vítima uma segurança maior”, detalhou.
Operação
A Shamar tem por objetivo combater a violência familiar doméstica e o feminicídio, por meio de atuação integrada entre as forças de segurança. A operação está sendo executada em todas as unidades federativas do Brasil e todos os municípios devem ser alcançados. Em Roraima, a ação está sendo coordenada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), seguindo as diretrizes da Secretaria Nacional.
De acordo com Verlânia de Assis, cada órgão da segurança pública vai atuar na sua especialidade e somar forças em busca de promover segurança para as mulheres vítimas de violência.
“Essa é uma operação de segurança nacional que integra todas as forças. As polícias Militar e Civil vão intensificar as ações preventivas, ostensivas e repressivas”, afirmou.
Participam com ações preventivas, ostensivas, educativas e repressivas as polícias Civil, Militar, Penal, o Corpo de Bombeiros e demais instituições parceiras.
Shamar é uma palavra em hebraico que significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar”. Foi desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e conta com o apoio do Ministério das Mulheres e do Colégio de Coordenadores das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça Estaduais.
Canais de denúncia
A população pode contribuir para o trabalho das forças de segurança. Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, procurar uma delegacia de polícia especializada ou ligar para os telefones disponíveis pode salvar vidas.
A Central de Atendimentos à Mulher, do Ministério das Mulheres, por meio do 180 e 181, realiza escuta qualificada e de forma gratuita, 24 horas por dia, todos os dias da semana. As denúncias podem ser feitas ainda por meio do 190, da Polícia Militar, tanto pelas mulheres vítimas de violência quanto por testemunhas.
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