Investigado em esquema de corrupção, reitor da UERR tem sigilos telefônico e telemático quebrados pela Justiça

Investigado em esquema de corrupção, reitor da UERR tem sigilos telefônico e telemático quebrados pela Justiça
De acordo com delegado, celular do reitor pode conter informações sobre um possível envolvimento dele com esquema criminoso – Foto: Divulgação

A Polícia Federal pediu e a Justiça determinou a quebra dos sigilos telefônico e telemático do reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), Regys de Freitas, que passou a ser investigado na segunda fase da Operação Harpia, deflagrada  em agosto para apurar um esquema de propina entre a instituição de ensino e uma empresa de engenharia que resultou na apreensão de mais de R$ 3 milhões dentro de sacos de lixo em um dos endereços ligados aos suspeitos.

O pedido foi assinado pelo delegado Marco Bontempo. De acordo com ele, o celular do reitor pode conter informações sobre um possível envolvimento dele com o esquema criminoso.

O aparelho foi apreendido na segunda fase da Operação Harpia, deflagrada em 31 de agosto, quando dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no campus da UERR e no bairro Paraviana, área nobre de Boa Vista. Também foram recolhidos documentos e computadores da administração da universidade.

A defesa de Regys de Freitas questionou na Justiça os mandados de busca e apreensão e solicitou ainda a anulação das provas e do material apreendido durante a operação, alegando não haver indícios de que os mais de R$ 3 milhões tenham ligação com contratos ou fraudes licitatórias.

Segundo a defesa, o dinheiro, encontrado na casa do irmão de um dos empresários suspeitos de participar do esquema criminoso, foi sacado de contas bancárias, o que comprovaria a origem lícita.

No documento protocolado na Justiça, os advogados também argumentam que o contrato em vigor da UERR com a empresa citada no inquérito não foi assinado por Regys de Freitas, mas pelo vice-reitor.

Indícios

A operação decorre do andamento das investigações após a apreensão de R$ 3,2 milhões que estavam acondicionados em sacos de lixo na residência do irmão de um dos sócios da empresa de engenharia vencedora da licitação de R$ 16 milhões.

Durante as investigações, a PF obteve informações que indicavam o saque de um possível pagamento de propinas relacionado à contratação da empresa.

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Por Redação

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