Forças Armadas negam conflito com morte entre militares e garimpeiros na Terra Indígena Yanomami

Forças Armadas negam conflito com morte entre militares e garimpeiros na Terra Indígena Yanomami
Nota do Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte destaca que atuação das Forças Armadas é pautada pelos princípios da legalidade e legitimidade – Foto: Divulgação/1ª Brigada de Infantaria de Selva

O Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte informou, nesta segunda-feira (25), por meio de nota, que não houve confronto com mortes entre militares e garimpeiros na aldeia de Palimiú, Terra Indígena Yanomami, ao contrário do que informou a irmã de uma das vítimas encontradas mortas em um rio da região.

O caso foi comunicado às policiais Civil e Federal e ao próprio Exército no fim de semana. Segundo a mulher, seu irmão, o garimpeiro Flávio Luiz, de 34 anos, e Daivid Lucas Serrão Sousa, 15, foram mortos a tiros de fuzil, e um dos sobreviventes, o piloto da embarcação em que as vítimas estavam, conseguiu escapar e informar a parentes que os dois foram mortos por militares.

Os corpos das vítimas foram encontrados neste domingo (24), sendo resgatados por garimpeiros e levados para Alto Alegre. Eles estavam boiando no rio amarrados ao motor que, ainda conforme a denunciante, foi retirado da embarcação pelos militares.

A mulher conta que ficou sabendo das mortes pelo WhatsApp, na noite de sexta-feira (22). Segundo ela, seu irmão e dois amigos (o piloto e o proeiro) estavam em uma canoa quando, por volta das 23h55 de quinta, foram interceptados por militares. O barco teria sido alvejado com vários tiros de fuzil, mas o piloto foi atingido, provavelmente, com bala de borracha, e conseguiu fugir.

Já Flávio Luiz e Daivid Lucas foram mortos “sem esboçar nenhum tipo de reação”, conforme informou à polícia a irmã do garimpeiro.

A irmã de Flávio foi ao 7 Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) em busca de informações sobre uma possível operação de segurança na região de Palimiú, mas não houve confirmação por parte do comando. O caso foi comunicado à Delegacia Geral de Homicídios (DGH) e à Polícia Federal.

A nota do Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte destacou ainda que a atuação das Forças Armadas é pautada pelos princípios da legalidade e legitimidade.

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Por Redação

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