TSE condena Bolsonaro a ficar inelegível por oito anos após ataques ao sistema eleitoral; ‘levei uma facada nas costas’

TSE condena Bolsonaro a ficar inelegível por oito anos após ataques ao sistema eleitoral; ‘levei uma facada nas costas’
Em julho de 2022, Bolsonaro usou estrutura do governo para fazer uma reunião com embaixadores. No Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, ele pôs em dúvida sistema eleitoral – Foto: Adriano Machado/Reuters

Por cinco votos a dois, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta sexta-feira (30) tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos. Com 68 anos, ele só estará apto a se candidatar em 2030, quando estará com 75. Cabe recurso contra a decisão.

Dos sete ministros da Corte, apenas Raul Araújo e Cássio Nunes Marques votaram contra a inelegibilidade de Bolsonaro. Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes seguiram o voto do relator do processo, Benedito Gonçalves, que reconheceu o abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por parte do ex-presidente.

Em julho de 2022, Bolsonaro usou a estrutura do governo para fazer uma reunião com embaixadores. No Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, ele pôs em dúvida o sistema eleitoral ao fazer afirmações falsas e a credibilidade dos ministros do TSE.

Conforme decisão dos ministros, além da condenação na Corte, o caso será encaminhado ao Tribunal de Contas da União (TCU) e a inquéritos criminais e andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar se cabem investigações contra Bolsonaro além do campo eleitoral.

Ao saber do resultado, o ex-presidente disse ter levado uma facada nas costas.

“Hoje vivemos aqui uma inelegibilidade. Não gostaria de me tornar inelegível. Na política, essa frase não é minha, ninguém mata, ninguém morre. Espero, né, porque tentaram me matar em Juiz de Fora há pouco tempo com uma facada na barriga. E hoje, levei uma facada nas costas com a inelegibilidade por abuso de poder político.”

O julgamento tem como foco uma ação movida pelo PDT contra a chapa devido a reunião com os embaixadores, porém, de forma unânime, o TSE decidiu rejeitar o pedido de inelegibilidade de Braga Netto (PL), que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.

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Por Redação

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