Agência conduz estudos sobre dois blocos na Bacia do Tacutu, em Roraima, visando à exploração de petróleo e gás

Agência conduz estudos sobre dois blocos na Bacia do Tacutu, em Roraima, visando à exploração de petróleo e gás
Vestígios de óleo encontrados em amostras de folhelhos negros e carbonatos coletadas a uma profundidade superficial de 45 metros, em 2016, ressaltam perspectiva de futuras explorações – Foto: Arquivo/Secom

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelou que está conduzindo estudos avançados nos blocos TCT-T-01 e TCT-T02, localizados na Bacia do Tacutu, município de Bonfim, Norte de Roraima.

Embora a ANP não tenha incluído esses blocos em suas licitações de exploração de petróleo e gás, os resultados das pesquisas apontam para um futuro promissor na região.

Os blocos em questão ainda não foram inseridos nos leilões promovidos pela ANP, devido à necessidade de completar diversas etapas prévias, que englobam estudos detalhados, avaliações ambientais minuciosas, obtenção de pareceres ambientais e a realização de uma audiência pública.

Segundo a ANP, a modalidade de “oferta permanente” é a atual abordagem para licitações de áreas destinadas à exploração de petróleo e gás no Brasil. Isso implica a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais, abrangendo bacias terrestres e marítimas em todo o país.

Especializado em Geologia do Petróleo, Vladimir de Souza fornece uma visão detalhada do complexo processo envolvido. Ele destaca a necessidade de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) emitido pelo Ibama, devido à responsabilidade federal sobre o rio Tacutu.

Após as etapas iniciais de pesquisa geológica para avaliar as perspectivas petrolíferas da área, as avaliações finais são conduzidas. Somente então, a área é apresentada em audiência pública e posteriormente oferecida em leilão.

Souza salienta que a ANP precisa fornecer informações mínimas durante o leilão para despertar o interesse dos potenciais compradores.

A viabilidade econômica desse empreendimento é ressaltada pelo geólogo, que enfatiza o potencial impacto positivo nos royalties a serem recebidos pelo Estado e pelo município de Bonfim.

A exploração comercial de petróleo poderia levar investimentos significativos durante a fase de implantação da infraestrutura de exploração, gerando transformações econômicas consideráveis.

A magnitude dessa transformação dependeria do volume de produção na bacia, podendo inclusive alterar a matriz econômica de Roraima. Quanto à duração do processo, Vladimir de Souza menciona a variabilidade, destacando que o interesse do governo federal pode acelerar ou retardar o procedimento.

Contudo, com o assunto já ganhando destaque e considerando as pressões resultantes das recentes descobertas de óleo na Guiana e Suriname, a possibilidade de um processo acelerado é real.

Souza especula que o leilão dos blocos poderia ocorrer em menos de um ano, se houver informações básicas suficientes.

Em uma estratégia proativa, foi implantado um terceiro curso de geologia na Região Norte, com foco em pesquisas petrolíferas, juntamente com um cadastro na ANP.

Essa iniciativa se revelou visionária, visto que a descoberta de indícios de petróleo na Bacia do Tacutu em Bonfim, feita por pesquisadores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) em agosto, confirma o potencial da região.

Os vestígios de óleo encontrados em amostras de folhelhos negros e carbonatos coletadas a uma profundidade superficial de 45 metros, em 2016, ressaltam a perspectiva de futuras explorações.

Essa descoberta pode desencadear pesquisas mais aprofundadas, abrindo portas para um impacto econômico positivo no Estado.

Com informações do CPG

https://oanalitico.com.br/policia/2023/06/01/deputados-de-roraima-debatem-no-acre-sobre-transporte-aereo-e-exploracao-de-petroleo-na-amazonia/

Por Redação

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