Após ser preso injustamente, homem conquista liberdade com ajuda da Defensoria Pública de Roraima

Após ser preso injustamente, homem conquista liberdade com ajuda da Defensoria Pública de Roraima
Ao analisar caso, defensora pública Anna Elize identificou falhas no processo – Foto: Divulgação/DPE-RR

Após ser preso injustamente, o assistido João Carlos*, um homem de 55 anos, foi solto por meio da atuação da Defensoria Pública do Estado Roraima (DPE-RR), depois de mais de dois meses na cadeia, por um mandado emitido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

O processo iniciou-se em 2008, mas em 28 de agosto deste ano, João foi preso em Roraima por cumprimento de mandado, após a polícia se basear na coincidência dele ser homônimo do acusado em São Paulo, cuja mãe tem o mesmo nome da de João, e ainda pelo fato de terem nascido no mesmo dia.

No entanto, João procurou a ajuda da Defensoria Pública, informando que nunca foi a São Paulo. Ao analisar o caso, a defensora pública Anna Elize identificou falhas no processo, a exemplo de que o homem que realmente deveria estar preso possuía o nome do pai no documento de São Paulo, e João, não.

Além disso, as características físicas descritas no boletim de ocorrência original não coincidiam com as de João, que é negro e possui cabelos crespos, contrariando a idade e características do suspeito mencionadas em 2008.

“Eu solicitei o relaxamento da prisão e foi negado. Então, entrei com o habeas corpus no Tribunal de Justiça de Roraima e não consegui. Insisti e, no mesmo dia, entrei em contato com a defensora pública de São Paulo Juliana Belloque, para que eles fizessem o pedido por lá, já que a ordem de prisão e o processo são originários daquele juízo”, destacou a defensora.

Anna Elize ressaltou a importância do trabalho conjunto em prol do caso, em que a defensora Belloque, com sua estagiária, prontamente engajou-se no caso, compartilhando informações essenciais entre as defensorias.

Depois de dez semanas preso, a atuação conjunta resultou na revogação da prisão por parte do juiz paulista, culminando na libertação de João em 6 de novembro deste ano.

É relevante destacar a eficiência do sistema ao lidar com o alvará assinado digitalmente, o que possibilitou a rápida comunicação e subsequente soltura do assistido.

“A atenção e ação diligente das defensorias envolvidas foram fundamentais para corrigir essa grave injustiça, destacando o papel essencial da Defensoria Pública na proteção dos direitos individuais”, pontuou Anna.

*João Carlos é um nome fictício utilizado para preservar a identidade do assistido e facilitar a compreensão do caso.

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Por Redação

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