Assembleia Legislativa vai articular cumprimento legal das funções do Conselho Estadual de Saúde

Assembleia Legislativa vai articular cumprimento legal das funções do Conselho Estadual de Saúde

Mais de 20 representantes do Conselho Estadual de Saúde participaram nesta segunda-feira (27) de uma reunião na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) para apresentar a parlamentares algumas dificuldades enfrentadas pela categoria, como falta de acesso a informações que deveriam ser disponibilizadas pelo governo do Estado e supostos entraves da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que impediriam o trabalho dos profissionais.

O convite para a reunião, ocorrida no Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas, foi feito pela Comissão de Saúde e Saneamento da ALE-RR. Os trabalhos foram conduzidos pelos presidentes do Poder Legislativo, Soldado Sampaio (Republicanos), e da comissão, Dr. Cláudio Cirurgião (União), com a participação dos deputados Jorge Everton (União), Neto Loureiro (PMB), Aurelina Medeiros (Progressistas) e Joilma Teodora (Podemos).

Os conselheiros expuseram os problemas e abordaram a execução das atividades dentro do conselho. O primeiro a falar foi o presidente do órgão, Ricardo Mattos. “A Saúde não está funcionando, e isso preocupa, o que afeta diretamente a população dependente do Sistema Único de Saúde, o SUS”.

Ele destacou que a empresa responsável pela estrutura do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, que funciona de forma provisória no bairro 13 de Setembro, encerrará o contrato por falta de pagamento. “Recebemos um documento sobre a locação que vai terminar porque tem, em um ano, R$ 12 milhões pendentes”, disse.

Mattos ressaltou ainda que a Sesau impede o conselho de acessar o Sistema Eletrônico de Informações, além de não enviar respostas sobre documentos e o balanço do Fundo de Saúde, falta da prestação de contas do Relatório Quadrimestral e a ausência do conselho na construção da LOA (Lei Orçamentária Anual) e PPA (Plano Plurianual). Ele lamentou que, no meio deste impasse, esteja a população.

O Conselho Estadual de Saúde é um órgão composto por 50% de representatividade da sociedade, 25% de participação dos profissionais de saúde e 25% da gestão estadual, e tem o papel de decidir importantes processos para a saúde pública e construção do orçamento para a área, conforme a Constituição.

“Foram quase três horas de uma reunião muito produtiva, pautas foram colocadas, problemas e ajustes. A Comissão de Saúde e a presença do presidente [Sampaio] dão o real valor ao bem-estar coletivo”, celebrou Ricardo Mattos.

O encontro, complementou Mattos, serviu ainda para se discutir saúde estadual. “A preocupação da Assembleia hoje é importante e parabenizo por chamar o Controle Social e tentar articular esse processo”.

De acordo com o presidente da ALE-RR, a Casa trabalhará para deixar o conselho mais independente.

“Infelizmente, foi relatada pela maioria, a atual inoperância do Conselho Estadual de Saúde, órgão essencial e de extrema relevância do SUS. O que foi colocado aqui é muito grave, por haver má vontade da gestão em respeitar e reconhecer o colegiado”, salientou Sampaio, acrescentando que “providências serão tomadas, porque é inaceitável impedir o trabalho de fiscalização dos conselheiros”. “É dever do gestor público ser transparente”, completou.

A paralisação dos trabalhos, relatada em reunião, preocupou o presidente da Comissão de Saúde da ALE-RR. “Tivemos diversas denúncias, a nossa função é assegurar que este conselho tenha uma estrutura mínima para funcionamento, estrutura física, de profissionais e instrumentos legais para que eles possam fiscalizar todos os atos da administração pública”, destacou Dr Cláudio.

Por Redação

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