Ataque a tiros na Terra Yanomami deixa criança morta e pelo menos cinco feridos; criminosos conseguiram fugir

Ataque a tiros na Terra Yanomami deixa criança morta e pelo menos cinco feridos; criminosos conseguiram fugir
Garimpo ilegal na Terra Yanomami quase triplicou em 2022, em comparação a 2020, quando Polícia Federal (PF) começou a monitorar região – Foto: Chico Batata/Greenpeace

Um ataque a tiros nesta segunda-feira (3) na aldeia Parima, dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, deixou uma criança morta e pelo menos cinco feridos. Eles foram atendidos na base de apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) não informou quem foram os responsáveis pelo ataque, mas disse que eles fugiram do local. Servidores do MPI se deslocaram para a aldeia, acompanhados de policiais federais, servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), militares e agentes da Força Nacional de Segurança.

Desde o início da operação de retirada de garimpeiros ilegais do território indígena, que teve início com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro, outros ataques aconteceram, totalizando 15 mortos. No entanto, novas ocorrências não eram registradas no local há mais de um mês.

Em abril, na Comunidade Uxiú, garimpeiros mataram um indígena a tiros e atingiram outros dois. Nove corpos foram encontrados, no decorrer dos dias. Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ibama já haviam sido recebidas a tiros quando chegavam para reprimir um garimpo e o crime organizado. Quatro garimpeiros, que portavam grande quantidade de armamento, foram mortos pelos agentes.

“O MPI reforça que segue trabalhando com as demais esferas de governo buscando a completa retirada dos garimpeiros das terras indígenas. Essa atividade degrada não só o meio ambiente, mas ataca o modo de vida e toda a organização social dos povos indígenas”, informa a nota do ministério.

Indígenas sob ameaça

O garimpo ilegal na Terra Yanomami quase triplicou em 2022, em comparação a 2020, quando a Polícia Federal (PF) começou a monitorar a região. Agentes de saúde encontraram, em janeiro, as bases da Sesai desabastecidas de medicamentos e alimentos e sucateadas, com alta incidência de desnutrição e malária entre os indígenas. O Ministério da Saúde, junto ao Ministério dos Direitos Humanos, decretou estado de emergência sanitária no local.

Em junho, o governo federal autorizou as Forças Armadas a também atuarem em atividades de combate à atividade ilícita nas regiões de reservas indígenas.

Anteriormente, militares colaboravam com ajuda humanitária, na distribuição de cestas básicas e de insumos, logística e inteligência.

O governo, junto às demais autoridades, pretende ocupar o território Yanomami com novas bases e equipes, com o intuito de permanecer na floresta e intensificar ações de segurança.

Com informações da Agência Brasil e Último Segundo

https://oanalitico.com.br/policia/2023/05/18/garimpeiros-atacam-posto-de-fiscalizacao-na-terra-yanomami-e-trocam-tiros-com-agentes-da-forca-nacional/

https://oanalitico.com.br/policia/2023/05/01/garimpeiro-morto-em-confronto-com-prf-e-ibama-na-terra-yanomami-era-chefe-de-faccao-e-foragido/

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https://oanalitico.com.br/policia/2022/04/16/conflito-entre-indigenas-deixa-dois-mortos-e-cinco-feridos-na-terra-yanomami/

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Por Redação

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