Aumento de temperatura impacta conta de energia e Procon Assembleia alerta sobre consumo

Aumento de temperatura impacta conta de energia e Procon Assembleia alerta sobre consumo
Procon Assembleia pede aos consumidores que observem se aumento está relacionado ao verão intenso ou se valor está exorbitante independentemente do consumo – Foto: Eduardo Andrade/SupCom/ALE-RR

As altas temperaturas registradas em Roraima têm impactado a conta de energia elétrica. O Procon Assembleia pede aos consumidores que observem se o aumento está relacionado ao verão intenso, que exige mais dos aparelhos eletrodomésticos, ou se o valor está exorbitante independentemente do consumo.

“O consumidor que realmente identifique um valor a mais na sua conta que não corresponda com o seu consumo, ou com o qual ele não concorde, a primeira coisa a ser feita é entrar em contato com a concessionária de energia elétrica e contestar o que está sendo cobrado”, orientou Mileide Sobral, diretora do Procon Assembleia, ao informar que essa contestação pode ser feita por meio dos canais de atendimento, tanto físicos quanto on-line.

Depois da contestação, a empresa concessionária tem um prazo de resposta.

“Se não concordar ou entender a resposta da concessionária, que busque o Procon Assembleia para que a gente possa mediar junto à empresa para melhor entendermos essa situação do consumidor”, orientou.

Mileide esclareceu que a contestação do consumidor não garante redução no valor da conta. Entretanto, destacou a diretora, será interessante para entender o que está sendo cobrado, e assim replanejar o consumo, se for o caso.

O analista comercial da Roraima Energia, José Linhares Filho, explicou que as altas temperaturas mudam os hábitos de consumo da população, que busca nos equipamentos de refrigeração a solução para amenizar o calor. O impacto dessa mudança se reflete nas contas de energia.

“Mesmo que você continue usando os equipamentos da mesma maneira que usava antes, o calor vai forçar mais o equipamento porque o quarto está quente,  bem como o chão e a parede, e até que o ar-condicionado consiga chegar a uma temperatura ideal, vai levar tempo e exatamente esse tempo que está consumindo energia porque vai demandar mais energia para o funcionamento dele”, explicou, ao ressaltar que mesmo que reduza para 18 graus, nunca se chegará em Roraima a essa temperatura, pelo contrário, pode acarretar um problema na central de ar.

A orientação da Roraima Energia é que as pessoas coloquem a central numa temperatura maior, 23 a 24 graus.

“Essa recomendação é do Procell [Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica], pois 23 graus é uma temperatura agradável”, reforçou.

Nesse período, detalhou, é comum o aumento de reclamações por parte dos consumidores. “Eles não compreendem o motivo da conta alta, tendo em vista que não adicionaram um novo equipamento eletrodoméstico em casa, mas o valor aumenta”, disse.

Linhares esclareceu ainda que o aumento também pode estar relacionado aos ciclos de faturamento da conta.

“Eles podem variar de 27 a 33 dias. Então, se um cliente vem de uma fatura que teve apenas 27 ou 28 dias, e recebe no outro mês uma conta com 33 dias de faturamento, são 5 dias de diferença de um mês para o outro. Isso, consequentemente, se reflete no valor final a ser pago”, explicou.

Ele informou ainda que existem muitos dados na fatura de energia, mas com relação ao consumo existem quatro a serem observados. Dois deles são as datas das leituras atual e anterior.

“Por exemplo, de 20 de setembro até o último dia 20 de agosto são 31 dias de consumo. Se hoje a leitura do medidor for 500 kw e na última leitura estava 300, teremos 200 quilowatts de consumo. Esse valor será multiplicado pela tarifa de energia, e o resultado desta operação será o valor a ser pago no final do mês”, detalhou.

Linhares fez questão de deixar claro que esse resultado a ser pago está relacionado ao consumo da energia. Fora esse valor, o consumidor também paga a taxa de iluminação pública, além de outros encargos como o Imposto sobre a Circulação Mercadorias e Serviços (ICMS).

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Por Redação

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