CCJuv oferta artes marciais que ajudam no desenvolvimento físico e mental de crianças e adolescentes
A Assembleia Legislativas de Roraima (ALE-RR), por meio do Centro de Convivência da Juventude (CCJuv), polo Pedra Pintada, oferta gratuitamente aulas de caratê e jiu-jitsu, duas artes marciais de origem oriental, que, além de defesa pessoal, trabalham o caráter, respeito, disciplina, coordenação motora, concentração e demais habilidades.
Praticar algum esporte relacionado à luta e defesa era a vontade da estudante Gabriely Mijares, de 18 anos. “Eu ia à escola, voltava para casa e ficava sem fazer nada. Então pedi para minha mãe me inscrever aqui no polo, e ela me colocou no caratê e no jiu-jitsu”, relembra.
A jovem contou que houve algumas mudanças no polo e optou por ficar somente no caratê, por causa da disciplina e do “nervosismo” que a modalidade oferece com relação às participações em campeonatos. Há um ano e meio na unidade, atualmente, Gabrielys é faixa vermelha.
“O programa é ótimo. O que eu mais gosto é a parte que o nosso sensei [professor] ensina a aplicação do kata e kumite. O kata tem a ver com sequências de defesa e ataque, simulando uma luta imaginária. Já o kumite é a luta em si, entre dois alunos, que treinam para ganhar em primeiro lugar, marcando pontos por golpes na cabeça, nas costas ou alguns chutes também”, explicou.
Ao contrário da veterana, Antonni Gabriel Viana Costa, de 10 anos, ainda é iniciante no jiu-jitsu. Ele seria matriculado no futebol, mas desistiu da modalidade no dia da matrícula.
“Na hora em que eu vi meus amigos treinando, eu senti vontade também. Daí, falei para minha mãe que queria fazer essa arte marcial. Estou achando muito bom e o golpe que eu mais gosto de fazer é o de rolamento”, destacou. Treinando há apenas um mês, ele afirma que pretende fazer o esporte por muitos anos ainda. “Sim, vou ficar até enquanto puder”, disse.
O professor de jiu-jitsu Alberto Mucajá detalha que a opção traz inúmeros benefícios para as crianças, principalmente, no desenvolvimento corporal e mental.
“Esse esporte auxilia não somente no fator físico, mas, no psicológico, como na questão do temperamento e do controle emocional. Isso ajuda porque trabalhamos com crianças ainda pequenas e, realmente, todas as atividades físicas são benéficas a elas. Aqui, inicialmente, ensinamos o básico, como a questão do rolamento, de saber como cair, o ‘ABC’ do jiu-jitsu, que é uma luta de solo [chão]. Então você tem que se propor a saber como é a mobilidade no solo”, concluiu.