Comissão criada pelo Conselho Nacional de Saúde monitora ações do governo federal na Terra Yanomami

Comissão criada pelo Conselho Nacional de Saúde monitora ações do governo federal na Terra Yanomami
Apesar dos esforços do governo federal, maior parte dos recursos ofertados aos Yanomami se dá por meio de doações – Foto: TV Brasil/Divulgação

Um grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) permanece em Roraima até este sábado (20) para se reunir com lideranças indígenas locais e monitorar as ações na Terra Yanomami em meio ao estado de emergência em saúde, decretado em janeiro em razão de grave crise sanitária.

O grupo se reúne com representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, de trabalhadores de saúde indígena e de sindicatos. Também está prevista uma visita à Casa de Saúde Indígena (Casai).

Na agenda da força-tarefa, há ainda entrevista coletiva de imprensa com os conselheiros nacionais de saúde coordenadores da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena do CNS, da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), reunião com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE/Yanomami), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) e conselheiros estaduais e municipais de saúde.

“Desde 2020, o CNS tem se reunido com pesquisadores, acadêmicos, representantes do Ministério da Saúde, da Funai e do Ministério Público Federal para denunciar a grave situação no território, onde lutam contra o avanço do garimpo ilegal, contaminação por mercúrio, ameaças de garimpeiros, fome e desnutrição”, informou o conselho, em nota.

Ainda de acordo com o CNS, foram inúmeros os pedidos de socorro feitos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, todos ignorados e não atendidos. Houve denúncias ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), aos Poderes Legislativo e Judiciário e a órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos sobre o descaso e a omissão do governo anterior com os povos originários.

“Finalmente, o assunto se tornou público e os indígenas começaram a ser socorridos. Agora o Controle Social vai conversar com as lideranças para ver o que está sendo feito e se, de fato, essas ações estão efetivas e correspondem às necessidades”, afirmou Haroldo Pontes, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Apesar dos esforços do governo federal, a maior parte dos recursos ofertados aos Yanomami se dá por meio de doações.

Participam do grupo de trabalho Luiz Carlos Ferreira Penha, conselheiro nacional de saúde pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab); Vânia Leite, conselheira nacional de saúde pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Roberto Marques, da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste; Esther Ferrer, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); Eliene Rodrigues, da Associação Brasileira Rede Unida; Ana Lúcia Paduello, integrante da mesa diretora do CNS; Ana Carolina Dantas, secretária-executiva do CNS, e Gustavo Cabral, secretário-executivo substituto do CNS.

*Com informações da Agência Brasil

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Por Redação

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