Ex-governadora de Roraima é indiciada por desviar mais de R$ 8 milhões de empréstimos consignados de servidores

Ex-governadora de Roraima é indiciada por desviar mais de R$ 8 milhões de empréstimos consignados de servidores
Investigações foram iniciadas pela PF, mas, como Suely perdeu o foro privilegiado ao deixar governo, caso passou a ser analisado pela Justiça comum – Foto: Graziele Bezerra/Radiojornalismo/EBC)

A Polícia Civil indiciou a ex-governadora de Roraima Suely Campos por desviar mais de R$ 8 milhões referentes a oito parcelas descontadas em folha de pagamento e não repassadas à Caixa Econômica Federal. Os valores são decorrentes de empréstimos consignados feitos por funcionários públicos do Estado.

As investigações foram iniciadas pela Polícia Federal, mas, como Suely perdeu o foro privilegiado ao deixar o governo, o caso passou a ser analisado pela Justiça comum e, consequentemente, pela Polícia Civil, que a denunciou por peculato. Ela governou Roraima de 2015 a 2018.

O inquérito, encerrado nesta segunda-feira (29) e encaminhado à Justiça, foi conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (DRCAP) e pela Divisão Especial de Combate à Corrupção (Decor).

“O inquérito policial apurou a falta de repasse à Caixa de valores descontados das folhas de pagamento dos servidores do Estado de Roraima, a título de empréstimo consignado, em 2018”, destacou a delegada titular da DRCAP, Magnólia Soares.

Segundo ela, os desvios ocorreram de 10 de maio a 10 de dezembro daquele ano. O crime de peculato caracteriza-se quando o funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou os desvia em proveito próprio ou alheio.

“Embora a justificativa dada pela então governadora e pelos secretários da Fazenda na época, de que tenham se pautado na crise financeira vivida pelo Estado, com bloqueios judiciais inclusive, o fato é que o governo não poderia ter se apropriado e desviado dinheiro alheio”, reforça a delegada.

Magnólia Soares relatou que, segundo informações da Caixa Econômica, ainda não houve a quitação total do débito.

“Houve o desconto do dinheiro dos servidores e o não repasse a quem de direito, o que resultou em prejuízo a eles, uma vez que não tiveram a amortização do débito junto à instituição financeira e ficaram impedidos de realizar novos empréstimos”, esclareceu.

Quanto à possível prestação de contas da ex-governadora no período, cabe ao TCE (Tribunal de Constas do Estado) apurar a responsabilidade.

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Por Redação

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