Forças Armadas propõem parceria com CNBB para interiorizar venezuelanos que chegam a Pacaraima

Forças Armadas propõem parceria com CNBB para interiorizar venezuelanos que chegam a Pacaraima
Proposta é que cada diocese acolha cinco famílias por um período de três a sete meses – Foto: Divulgação

O arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil, dom Marcony Vinícius Ferreira, o tenente-coronel do Exército Magno Lopes e equipe apresentaram na última semana a membros do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma proposta de parceria com a instituição e as dioceses brasileiras para a interiorização dos migrantes venezuelanos que chegam ao Brasil através da fronteira entre os países em Pacaraima, Norte de Roraima.

O encontro tratou da “Operação Acolhida”, projeto desenvolvido pelas Forças Armadas para abrigar venezuelanos. De acordo com dom Marcony, chegam em média 500 migrantes por dia ao Estado. A proposta é que cada diocese acolha cinco famílias por um período de três a sete meses.

“Estas famílias já serão cadastradas, com emprego e carteira assinada. Mas a gente precisa do acolhimento das dioceses para que essas pessoas possam ter mais dignidade e recomeçar sua vida no Brasil”, afirmou o arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil.

Ecossistema de acolhida

De acordo com o tenente-coronel Magno Lopes, a Acolhida organizou um ecossistema de abrigo das pessoas que chegam a Pacaraima. A operação, segundo ele, está organizada em três eixos: ordenamento da fronteira; acolhimento; e a interiorização.

A gestão e coordenação desses três eixos está sendo feita pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

O representante das Forças Armadas explicou que a interiorização é feita de forma ordenada, segura e que garante a proteção social, tendo em vista um reencontro familiar e de amigos.

A operação garante também a integração econômica, por meio de empresários que se sensibilizam com a realidade e ofertam vagas de emprego aos refugiados e migrantes.

“As Forças Armadas cuidam da logística até a porta do receptor, seja ele um familiar ou um amigo, instituição ou empresa. Fazemos tudo isto, porque acreditamos que reconhecer os dons e talentos destas pessoas é uma missão para todos nós. A igreja e o Ministério da Defesa estão bem alinhados com este propósito”, afirmou o tenente-coronel.

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Por Redação

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