Helicóptero da Marinha resgata idosa Yanomami com sintomas de tuberculose, malária e anemia grave
Uma mulher de 67 anos, da etnia Yanomami, moradora da Aldeia Parima, próxima à fronteira com a Venezuela, foi resgatada em um helicóptero da Marinha após apresentar desconforto respiratório e sintomas de tuberculose, anemia grave e malária. Ela foi levada para o posto da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) instalado no Polo Base de Surucucu. Outros quatro adultos e três crianças também foram transportados para receber atendimento médico.
O resgate ocorreu na terça-feira (16), mas as informações foram divulgadas pela Marinha somente nesta quinta (18). A aeronave decolou de Surucucu às 12h35, com destino à Aldeia Parima, a cerca de 40 quilômetros de distância. A evacuação aeromédica, como é conhecido o procedimento militar, foi concluída às 13h20, quando os pacientes chegaram ao posto de saúde.
“Parte dos bancos foi retirada e instalamos a maca para a paciente mais grave, que veio acompanhada de um cilindro de oxigênio. Foi necessário fazer um briefing [reunião para passar informações] com a equipe médica da Sesai. Um médico foi à aeronave para receber a paciente e monitorá-la ao longo do percurso”, relata o capitão de corveta Rodrigo Martins, comandante da aeronave.
Desde fevereiro, a unidade aérea tem sido destacada para atender à emergência em saúde pública, decretada pelo Ministério da Saúde em 20 de janeiro, devido à desassistência sanitária e nutricional dos povos que habitam o Território Indígena Yanomami.
A atuação das Forças Armadas na região é coordenada pelo Ministério da Defesa, por meio do Comando Operacional Conjunto Amazônia, e é composta por militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea.
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