Ibama inicia atividades para monitorar e combater incêndios florestais; Região Norte é uma das mais afetadas

Ibama inicia atividades para monitorar e combater incêndios florestais; Região Norte é uma das mais afetadas
Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho (ao centro), ressaltou o desafio no combate aos focos de incêndio no país: ‘Contamos com 2.108 brigadistas, ou seja, um aumento de 17% da força-tarefa, que hoje tem uma atuação direta numa área de 300 mil quilômetros quadrados’ – Foto: Divulgação/Ibama

O Ibama deu início nesta semana às atividades de 2023 do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), cuja competência é buscar soluções conjuntas para o combate aos incêndios florestais.

O Ciman disponibiliza informações à sociedade por meio do site Ciman Virtual, que é atualizado diariamente a partir do monitoramento de incêndios e áreas queimadas, com fotos, mapas e outros recursos. Desde sua criação, instituída pelo Decreto 8.914, de 24 de novembro de 2016, o centro faz reuniões anuais durante o período crítico de incêndios florestais, que se inicia no segundo semestre do ano.

As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as mais afetadas. Para se preparar para os combates a incêndios florestais no país, o instituto ampliou a quantidade de Brigadas Federais em áreas com risco e ocorrência de incêndios.

Na solenidade de abertura, ocorrida na central de logística do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) na sede do Ibama em Brasília (DF), estiveram presentes o presidente do instituto, Rodrigo Agostinho, o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco, a coordenadora-geral do Prevfogo, Flávia Saltini, e demais autoridades das instituições que compõem o Ciman, além de pesquisadores de instituições de referência em monitoramento climático, como do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

Solenidade de abertura ocorreu na central de logística do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) na sede do Ibama em Brasília (DF) – Foto: Divulgação

Agostinho ressaltou, na ocasião, o desafio no combate aos focos de incêndio no país. “Contamos com 2.108 brigadistas, ou seja, um aumento de 17% da força-tarefa, que hoje tem uma atuação direta numa área de 300 mil km². No entanto, precisamos, também, elaborar planos de ação específicos para todos os biomas do país”, disse.

João Paulo Capobianco citou o Ciman como espaço de integração das entidades.

“É motivado por ações consistentes no enfrentamento dos incêndios e queimadas florestais, cada vez mais frequentes, devido ao avanço dos eventos climáticos extremos em todo o mundo este ano”, afirmou.

Capobianco mencionou, ainda, esforços mundiais no combate ao fogo, ao citar a missão humanitária para conter os incêndios florestais que atingem o Canadá, em que 102 especialistas brasileiros formaram a equipe de ajuda, incluindo profissionais do Ibama e do MMA.

Já Flávia Saltini destacou a importância da integração interinstitucional para a Agenda Ambiental: “devemos fortalecer, não apenas neste momento operacional, de pronto atendimento, como também em ações de prevenção e planejamento para combate aos incêndios florestais”.

A meteorologista do LASA/UFRJ, Renata Libonati, citou a preocupação com a série de eventos climáticos extremos que tem ocorrido este ano, em especial com o agravamento do El Niño – fenômeno natural de aquecimento das águas do Oceano Pacífico.

“A região Amacro, junção das fronteiras da Amazônia, Acre e Rondônia, apresenta focos de incêndio acima da média. Amazônia e Cerrado também estão entre as regiões mais atingidas pelo fogo”, disse.

Além do Prevfogo/Ibama, o Ciman é composto pelo MMA; Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai); Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp); Polícia Federal (PF); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica; Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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Por Redação

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