Leilão para exploração de petróleo em Roraima pode acontecer em 2025

Leilão para exploração de petróleo em Roraima pode acontecer em 2025

Deputados e autoridades de Roraima participaram, nesta terça-feira (18), em Brasília, de uma audiência pública com especialistas para tratarem da exploração de petróleo na bacia do Tacutu, localizada na fronteira do Brasil com a Guiana.

Proposto pelo deputado federal Gabriel Mota (Republicanos-RR), o debate é uma fase importante do processo para a liberação da exploração de petróleo da bacia sedimentar do Tacutu. A região tem cerca de 300 km de extensão entre Brasil e Guiana, e abrange os municípios de Normandia, Bonfim e Boa Vista.

Durante a audiência, os representantes dos setores responsáveis pelas pesquisas para exploração apresentaram em que ponto estão os trabalhos e confirmaram a possibilidade de que em 2025 aconteça o leilão para a contratação de empresa especializada em exploração petrolífera.

A primeira apresentação foi da gerente de Projetos da Secretaria-Executiva do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Moara Giasson, que também coordena o grupo responsável pela análise dos estudos e levantamentos necessários para a liberação da exploração. Ela explicou a importância da parceria entre órgãos como os ministérios de Meio Ambiente e Minas e Energia, e afirmou que os trabalhos estão em fase avançada.

“Criamos o grupo de trabalho em 2023. Em 2024, a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] solicitou ao Ibama e ao Instituto Chico Mendes uma manifestação sobre essa área de Tacutu, e nesse momento está em fase final de análise para emissão junto ao Ministério de Minas e Energia uma manifestação conjunta. Temos nos debruçado sobre isso, até porque há uma previsão de leilão para o início do ano que vem”, garantiu Giasson.

Em seguida, o diretor de Política de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, da Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Jair do Anjos, explicou que, após o leilão, a empresa interessada vai fazer a outorga da área e, a etapa seguinte, será o licenciamento ambiental, que no caso será de responsabilidade estadual. Com a licença emitida, a exploração pode começar”, afirmou.

Outro especialista que teve espaço para apresentação foi o professor Dr. Vladimir de Souza, do Curso de Geologia da UFRR. Ele mostrou fotos que exemplificaram de que forma as pesquisas têm caminhado dentro da universidade.

“Encontramos óleo praticamente na superfície, por volta de 30 metros de profundidade”. Porém, o professor enfatizou a necessidade de mais investimentos em pesquisas na área. “A nossa pesquisa da UFRR, do curso de geologia, é feita praticamente sem recursos, por conta própria. A bacia do Tacutu tem poucos dados porque não se investe em pesquisa”, destacou.

Para o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (Republicanos), o encontro foi um marco.

“Toda a classe política roraimense foi representada aqui, envolvida nessa demanda da possível exploração a curto prazo da bacia do Tacutu. Roraima é um Estado que detém uma riqueza enorme, vegetal e mineral, e é nesse sentido que olhamos para os próximos passos do andamento dessa discussão.”

Por Redação

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