Lula escala Celso Amorim para reunião entre Maduro e presidente da Guiana; EUA procuram Brasil

Lula escala Celso Amorim para reunião entre Maduro e presidente da Guiana; EUA procuram Brasil
Chefe da assessoria especial da Presidência vai representar Lula na reunião sobre Essequibo – Foto: Ludovic Marin/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará o chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim, para mediar a reunião, nesta quinta-feira (14), entre o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali.

O encontro em São Vicente e Granadinas vai discutir a ameaça venezuelana de anexar Essequibo, sob controle guianense. Segundo apuração, os Estados Unidos procuraram altas autoridades do governo brasileiro para evitar a escalada da tensão na América do Sul.

No sábado (9), Lula conversou ao telefone com Maduro, com quem tem boa relação, e pediu a ele que evite “medidas unilaterais”. Também ressaltou a crescente preocupação de países da América do Sul com a possibilidade de uma operação militar da Venezuela para anexar Essequibo. Os Estados Unidos também trabalham para conter as tensões sobre reservas de petróleo.

O próprio presidente brasileiro foi convidado para a reunião em São Vicente e Granadinas, país que hoje está à frente da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), mas não vai comparecer por questões de agenda e escalou Amorim. Nesta quinta-feira, Lula vai a Curitiba assinar convênios da Itaipu Binacional.

A tensão entre Venezuela e Guiana é causada por uma disputa territorial centenária por Essequibo. A região hoje faz parte da Guiana, mas é reivindicada pela ditadura de Maduro, que fez um referendo na semana passada propondo anexar quase 70% do território da Guiana. O local possui reserva vasta de petróleo e é motor para o crescimento econômico do país, o maior do mundo em 2022.

O Palácio do Planalto vê a relação do Brasil com a Venezuela no seu pior momento. Apesar da afinidade com o regime de Maduro, o governo Lula já avisou ao país vizinho que não apoiará qualquer incursão militar sobre a Guiana, muito menos a violação da integridade territorial brasileira para a passagem de tropas.

Com informações do Estadão

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Por Redação

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