Operação resgata 15 trabalhadores em condições análogas à escravidão

Operação resgata 15 trabalhadores em condições análogas à escravidão

Uma operação resgatou 15 trabalhadores que estavam em condições análogas às de escravo em Roraima. Entre as vítimas, 12 foram resgatadas em uma pedreira em São João da Baliza, e os outros três em uma construção de ponte em Alto Alegre.

O trabalho foi feito pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, do Ministério do Trabalho e Previdência, coordenado por auditores-fiscais do trabalho, com participação da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público do Trabalho.

O trabalho de resgate recebeu o nome de operação Caqueado, em homenagem ao ex-servidor do Ministério do Trabalho Aldir Morais, falecido em 2020, conhecido como “Caqueado” e participava das operações de combate ao trabalho escravo da Superintendência Regional do Trabalho em Roraima.

Dos três trabalhadores submetidos a condições degradantes de trabalho e alojamento na reforma de uma ponte de vicinal em Alto Alegre, ao Norte de Roraima, dois eram migrantes da Venezuela – uma mulher e o filho adolescente, de 16 anos.

O menino, segundo os auditores, estava calejado e descalço, e vestia uma camiseta suja do Brasil e bermuda. A ação fiscal nessa frente de trabalho iniciou no dia 10 de dezembro, um dia após a eliminação do Brasil da Copa do Mundo pela Croácia.

No local havia duas estruturas destinadas ao alojamento dos trabalhadores, muito similares: barracão de chão batido com estrutura de madeira, cobertura de lona e folhas de palmeira, sem paredes, portas ou janelas, expondo os trabalhadores a intempéries, e ao risco de acidentes com animais peçonhentos e insetos. No local, entre as redes e os pertences dos trabalhadores, circulavam livremente galinhas e seus filhotes. Um dos barracões possuía uma lona lateralizada na intenção de impedir a projeção da chuva.

Por Redação

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