Operação Yanomami intensifica missões noturnas com equipamentos especiais em regiões de garimpo ilegal
Nas últimas semanas, a Operação Yanomami tem intensificado as missões noturnas na Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) nos estados de Roraima e do Amazonas. Para ampliar a capacidade das aviações de caça e de asas rotativas a fim de apoiarem as missões em ambientes mais complexos, aeronaves das Forças Armadas utilizam óculos de visão noturna, chamados de NVG (Night Vision Goggles), e FLIR (Forward Looking Infra-Red), dispositivos que permitem os voos mesmo em situação de escuridão total.
Desde a ativação do Comando Operacional Conjunto Amazônia, em fevereiro deste ano, algumas unidades aéreas sediadas em Boa Vista reforçam a defesa aeroespacial contra todos os tipos de tráfegos desconhecidos dentro da Zida.
“Na Operação Yanomami, o que mudou foi a intensidade dos trabalhos e o número de pessoas envolvidas. Para isso, foi preciso incrementar a consciência situacional dos pilotos sobre as características do terreno, porque passamos a voar mais vezes por dia. Além disso, reforçamos a segurança de voo. Nas instruções, passamos para os aviadores as características desse tipo de interceptação, que ocorre em baixa altura e com a aeronave bem mais lenta, em um terreno acidentado”, explicou o tenente-coronel aviador Antônio Augusto Silva Ramalho.
Com um considerável aumento na capacidade operacional, os óculos de visão noturna proporcionam diversas vantagens. O NVG é capaz de apoiar as operações em variados tipos de cenários, aumentando a segurança de voo, potencializando o emprego dos meios aéreos como plataforma de armas, aproveitando, também, a luz da lua e das estrelas para que os pilotos consigam realizar missões sem referências visuais para o olho humano.
Diversas aeronaves das Forças Armadas que atuam em missões noturnas também estão equipadas com um sistema FLIR – conjunto de sensores que permite à tripulação observar (e gravar, se necessário) qualquer alvo em ambiente com ou sem luz. As câmeras possibilitam visualização em infravermelho, ou seja, captam calor liberado por pessoas ou objetos, permitindo operações muito mais complexas do que é possível com o uso de NVG. Isso possibilita, por exemplo, localizar uma vítima em um rio a quilômetros de distância, devido à diferença de temperatura entre a água e o corpo, ou, até mesmo, atuar no controle de fronteiras.
Asas rotativas
Além dos caças A-29 Super Tucano, a Operação Yanomami conta também com aeronaves de asas rotativas, nas quais o NVG possibilita um melhor desempenho nas ações de busca e salvamento, entre outras capacidades.
No contexto da Operação Yanomami, estes helicópteros têm sido fundamentais, especialmente, nas missões de resgate médico, além de apoio aos trabalhos de infiltração das equipes da Polícia Rodoviária (PRF), Polícia Federal (PF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
*Com informações da FAB
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