Polícia faz operação integrada para investigar chacina na Terra Yanomami
Uma operação integrada com o objetivo de esclarecer uma chacina ocorrida em 4 de julho deste ano, na Terra Yanomami, quando quatro pessoas foram mortas, foi desencadeada Pela Polícia Civil, Exército, Aeronáutica, Funai e Corpo de Bombeiros nessa sexta-feira (10).
A ação ocorreu nas proximidades da pista de pouso do Xiriana, região do Parima, município de Alto Alegre.
A operação foi coordenada pelo delegado Wesley Costa e contou com reforços de agentes do Grupo de Resposta Tática da Polícia Civil.
Segundo o delegado, familiares das vítimas da chacina registraram um Boletim de Ocorrência informando que quatro garimpeiros foram atacados a tiros por indígenas, por volta das 11h30 de 4 de julho.
Segundo o relato do ataque, quatro pessoas foram mortas, entre elas o guianense Suresh Narine, de 34 anos ,e Antonio Pinheiro da Silva, de 37 anos. Dois homens, um com a idade de 53 anos e outro de 34 anos, conseguiram fugir, e, mesmo feridos, pediram socorro a outros garimpeiros, relatando o que teria ocorrido naquela região.
O delegado informou que foi comprovada a morte de três pessoas e uma quarta está desaparecida. Sendo que duas vítimas morreram na hora do ataque e a terceira dias depois.
“Desde a data dos fatos, a Polícia Civil está empenhada em apurar os detalhes do crime e recuperar os corpos das vítimas envolvidas. Foi solicitado apoio do Exército, Aeronáutica, Funai e do Corpo de Bombeiros para que a Polícia Civil pudesse ir em missão ao local para realizar algumas diligências e resgatar os corpos. Trata-se de uma região muito distante da sede de Alto Alegre e de difícil acesso. As equipes foram ao local em aeronaves da Aeronáutica”, detalhou o delegado.
Ainda segundo Wesley Oliveira, a recuperação dos corpos das vítimas enfrentou desafios significativos devido às condições complexas e remotas do local onde os corpos foram enterrados. A geografia acidentada e de difícil acesso da região da Terra Yanomami, aliada às condições climáticas adversas, apresentaram obstáculos consideráveis para a operação de resgate.
“Estamos buscando alternativas viáveis para garantir a recuperação dos corpos das vítimas, pois precisamos de apoio logístico de outras Instituições. A investigação continua em andamento e estamos determinados a buscar todos os recursos necessários para resolvermos esse caso complexo e trazer respostas às famílias das vítimas e à sociedade como um todo. Atualizações sobre o progresso da investigação serão fornecidas à medida que novas informações estiverem disponíveis”, disse o delegado.
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