Polícia prende venezuelano acusado de manter casa de prostituição em Boa Vista; garota de 16 anos foi resgatada
Policiais civis da Delegacia da Pessoa Idosa e Portadores de Necessidades Especiais (DPIPNE) prenderam o venezuelano R.L.L.,43, acusado de manter uma casa de prostituição e de induzir uma menina de 16 anos a se prostituir. Outras duas pessoas já haviam sido presas em flagrante por favorecimento à prática. As informações foram divulgadas neste sábado (16) pela Polícia Civil.
Os acusados mantinham a casa para fins sexuais no bairro Asa Branca, zona Oeste de Boa Vista, de onde a adolescente foi resgatada.
De acordo com o delegado Paulo Henrique Tomaz Moreira, a prisão do venezuelano foi resultado de investigações iniciadas no fim de agosto depois de uma denúncia recebida pelo Disque 100 sobre a casa de prostituição onde a adolescente trabalhava.
Segundo a denúncia, K.Z.R.L, de 24 anos, gerente do prostíbulo, aliciava mulheres no Amazonas para trabalharem em Roraima. Em Boa Vista, elas tinham os documentos retidos e eram obrigadas a cumprir metas de programas sexuais com preços abusivos de estadias e alimentação, e sob ameaças.
As primeiras diligências foram feitas pelo Conselho Tutelar e Polícia Militar em 30 de agosto, ocasião em que foi confirmada a existência da casa, resultando na prisão em flagrante de duas mulheres, entre elas a gerente, por favorecimento à prostituição e corrupção de menor.
As investigações apontaram que a irmã da adolescente R. E. S. N., de 21 anos, foi quem a trouxe do Amazonas e a levou a se prostituir. Ela também foi autuada em flagrante pelos crimes.
Conforme o delegado, os responsáveis pela casa de prostituição utilizavam quatro sites. O local era bastante camuflado e toda a divulgação para atrair os clientes era via internet, onde elas usavam pseudônimos e fotos em poses sensuais.
Como no dia não foi possível prender o proprietário do estabelecimento, o venezuelano J. R. L. L., a equipe da Polícia Civil deu continuidade às diligências. O delegado Paulo Henrique, com base nas evidências coletadas pelo Conselho Tutelar e Polícia Militar, representou pela prisão preventiva do acusado.
A casa de prostituição funcionava de forma clandestina há um ano. Diariamente, as mulheres encontradas no local eram obrigadas a pagar ao proprietário R$ 80 pela estadia.
Elas negaram que estivessem submetidas à violência por parte da gerente e do dono do espaço.
“Continuamos as buscas, representamos pela prisão dele, que foi decretada e cumprida na quarta-feira [13]”, disse o delegado.
As duas mulheres presas em flagrante passaram por audiência de custódia, tiveram a prisão homologada e convertida em preventiva. O venezuelano também passou pelo procedimento e a adolescente foi entregue ao Conselho Tutelar.
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