Roraima chega aos 35 anos com setor terciário responsável por 36,5% do PIB estadual
Roraima completa 35 anos de criação. Em 5 de outubro de 1988, com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, o Território Federal foi transformado em Estado. E nessas três décadas e meia, o comércio teve uma representatividade muito grande no desenvolvimento econômico e social.
Segundo dados da assessoria econômica da Fecomércio/RR, o setor do comércio de bens, serviços e turismo participa do PIB com 36,5% das riquezas geradas no Estado, atrás apenas da administração pública, que concentra 45%.
Para o presidente da Federação do Comércio, Ademir dos Santos, “o comércio contribui muito para o desenvolvimento de Roraima”.
“Hoje, esse setor representa quase 34 mil empresas, que empregam juntas 60,6% da mão de obra formal, aquela com a carteira assinada. Se a gente comparar com os outros setores da economia, como a indústria, agropecuária e administração pública, somos o segundo maior gerador de riquezas e empregos no nosso Estado. Não temos dúvida da grande e importante representação do setor terciário nesses 35 anos de criação de Roraima”, completa o presidente da Fecomércio/RR.
O economista da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, explica que, pelo avanço do comércio, nos próximos anos Roraima deixa de ter a “economia do contracheque” para se transformar na “economia do comércio”.
“Fizemos um levantamento no início do ano levando em consideração os números do comércio com geração de emprego, riquezas e número de empresas, e percebemos que até 2028 o setor de comércio de bens, serviços e turismo deve ultrapassar a administração pública. Teremos no futuro, não muito distante, mais empresas da iniciativa privada e mais empregos gerados nesses setores que são considerados significativos para o desenvolvimento de Roraima”, avalia.
E se depender da confiança dos empresários do comércio, esse crescimento do setor deve se concretizar nos próximos anos. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Índice de Confiança do Empresariado em Roraima apresentou o quarto aumento consecutivo, ficando em 108,4 pontos em setembro.
As expectativas para contratação de funcionários tiveram, novamente, um aumento significativo no mês, crescendo 11%. Quase 68% dos empresários entrevistados afirmam que pretendem aumentar seu quadro de funcionários ainda este ano, mesmo que seja em pequena quantidade.
A CNC prevê uma ligeira alta de 2% nas vendas do setor em 2023.
“Apesar da chegada de datas importantes para o comércio, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, o cenário no varejo ainda é de cautela, por causa da alavancagem e até da situação de inadimplência enfrentada por uma parte das empresas, limitando investimentos”, diz o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Empresas e consumidores mais inadimplentes
Apesar da queda recente dos juros, a inadimplência empresarial segue crescente. De acordo com dados do Banco Central, a inadimplência das pessoas jurídicas vem crescendo de forma acelerada desde a segunda metade de 2022. Do total de crédito concedido às empresas, 3,3% estão inadimplentes há mais de três meses, o maior percentual desde agosto de 2018.
O mesmo quadro predomina entre os consumidores. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos Consumidores (Peic), também apurada mensalmente pela CNC, revela que tanto o volume de famílias endividadas quanto a proporção de consumidores com dívidas atrasadas apresentou aumento no último mês.
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